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Depressão

Foto do escritor: nutrialineguerranutrialineguerra

VEJA ALGUNS SINTOMAS:

• Sentimento de tristeza, desesperança ou vazio;

• Vontade de chorar maior que o habitual;

• Raiva ou irritabilidade constante;

• Problemas ao dormir ou dificuldade para acordar;

• Perda de interesse em hobbies e atividades que antes geravam prazer;

• Fadiga constante;

• Falta de energia e disposição;

• Mudanças no apetite, levando a perdas nutricionais ou ganho de peso;

• Isolamento;

• Dificuldade para se concentrar e problemas de memória.


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença atinge, no Brasil, 5,8% da população - taxa que está acima da média global (4,4%). Em boa parte dos casos, a depressão é sinal de que algo está acontecendo, algo muito mais profundo e duradouro. É claro que, para uma minoria, existe de fato uma deficiência metabólica, que afeta a produção de serotonina, aquele que é chamado de neurotransmissor do bem-estar. E se falamos de um aumento gradativo nos casos, fica claro que a depressão não é uma doença exclusivamente genética, como alguns acreditam.


A prevenção, inclusive, pode estar em uma parte muito específica do nosso organismo, e já adianto: não é o cérebro.


Você já ouviu falar que o intestino é o nosso segundo cérebro?

O que chamamos de “conexão cérebro intestino”.


Você certamente já sentiu:

• Uma leve de dor de barriga antes de uma viagem ou evento importante;

• Náuseas às vésperas de apresentar um trabalho ou uma palestra;

• Sensação de “borboletas” no estômago ao encontrar uma pessoa amada


O trato gastrointestinal, por mais incrível que pareça, é sensível às nossas emoções. Por isso, sentimentos de raiva, ansiedade, tristeza e euforia também podem desencadear sintomas no intestino. É fascinante o poder que o cérebro tem sobre o trato digestivo e vice- -versa. Por exemplo: só o pensamento de comer algo pode desencadear a produção e liberação de suco gástrico no estômago.

E o oposto também é verdade: um intestino com problemas pode enviar sinais para o cérebro. Por isso, especialistas da Harvard acreditam que o desconforto intestinal pode ser a causa ou o produto de ansiedade e depressão. 90% da nossa serotonina é produzida no intestino.

Mas existe, de fato, uma correlação muito importante entre a produção de serotonina no intestino e no cérebro. Isso porque os mesmos elementos bioquímicos utilizados para a construção do neurotransmissor no intestino devem ser assimilados, aproveitados e distribuídos para produzir a serotonina no cérebro. E quando a alimentação não provê estes elementos, ou quando ela provoca um efeito inflamatório, essa sinalização é conduzida até o cérebro, através de um nervo responsável por ligar o eixo intestino-cérebro, chamado de nervo vago.

A partir daí, no sistema nervoso central, pode haver um aumento de citocinas inflamatórias. Estas, por sua vez, provocam a expressão de enzimas chamadas ido’s (indolaminas dioxigenases), que desviam a produção de serotonina. Isso faz com que o aminoácido triptofano, base para a construção do neurotransmissor, seja utilizado pela via das trycads.

Esta via aumenta algumas substâncias, que provocam efeitos depressivos ou efeitos de excesso de estímulo no sistema nervoso central. Ou seja: se qualquer situação ou hábito desequilibra a harmonia existente no seu intestino, uma das grandes impactadas será a serotonina.

Imagine que o seu intestino é a fronteira de um país - o seu corpo, no caso. Ali, trabalham centenas de milhares de “guardas” nossa microbiota que ficam de olho em quem entra e quem sai das nossas fronteiras. O objetivo dos guardas é permitir a passagem de pessoas boas e eliminar as más, por assim dizer.


A primeira chave para “re-ligar” a fábrica de serotonina e aumentar a produção desse neurotransmissor pode estar justamente no seu intestino.

E quais as melhores formas para amenizar isso?

Ômega 3 - Quando estamos com bai


xos níveis de ácidos graxos no organismo, a comunicação entre os nossos neurônios é reduzida, o que está diretamente ligado às doenças neurológicas. a baixa ingestão de DHA a longo prazo está relacionada a um maior risco de depressão em indivíduos adultos.


5HTP - O 5-HTP é um aminoácido que nosso corpo produz naturalmente, a partir do L-triptofano - este último podendo ser encontrado em fontes alimentares, esse elemento é fundamental para a produção de serotonina, aquele neurotransmissor tão importante para a regulação, dentre outras funções, do humor.



Com mais serotonina no cérebro, as células nervosas se comunicam melhor, o que pode refletir diretamente no humor, sono, ritmo cardíaco, temperatura corporal, motilidade intestinal, entre outras funções importantes.



Nem sempre o simples ato de ingerir fontes de L-triptofano com mais regularidade, como peixes, ovos, nozes e castanhas, resulta em maior serotonina. Como expliquei, para que o L-triptofano gere toda a reação que culminaria no aumento de serotonina, existe uma necessidade do bom funcionamento de enzimas, da inflamação, do sistema intestinal, da absorção e metabolização de vitaminas que exigem determinada complexidade genética (como a vitamina B6 e o ácido fólico).


B12 - A alimentação é uma das mais importantes formas de prevenção da depressão.

Por isso, primeiro e mais básico ponto: restrinja o consumo de produtos industrializados que viciam o nosso cérebro, a exemplo dos açúcares. Eles atrapalham muito a regulação cerebral e têm um efeito viciante superio


r ao de algumas drogas psicotrópicas, como a cocaína.


Falo especialmente das vitaminas B12 (metilcobalamina) e ácido fólico (B9 ou metilfolato). Cada vez mais, há estudos que relacionam a inflamação à depressão e, estes dois nutrientes são comprovadamente anti-inflamatórios. Essas vitaminas são importantes porque, assim como o 5-HTP, induzem o metabolismo a transformar o triptofano em serotonina. Ter deficiência de vitamina B12 também está relacionada a maior incidência de quadros depressivos.




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